Dê graças à vida!

Dou graças à vida e celebro o Simply Flow, ao movimentar os meus dedos que dedilham o computador, e intentam fazer música com as palavras soltas que se juntam em frases, fingem pensamentos e tocam melodias porque celebro o 4.º ano deste blog dedicado à  saúde e bem-estar.

Homenageie a vida ao ritmo da música

Homenageie a vida dizendo “Gracias a la vida que me ha dado tanto” (graças à vida que me deu tanto) ao sentir o vibrar da música de Mercedes de Sousa.  Inspire-se e flua com o “Viva la Vida” dos Coldplay. Dance ao som de “Simply the Best” da Tina Turner. Movimente-se com a “Bohemian Rhapsody” dos Queen, como se ninguém o(a) observasse ou julgasse. Como se não houvesse amanhã! Serene na música de Bach. Deixe-se transportar no hino da alegria de Beethoven e inspire-se na alegria da música de Mozart.

Festeje a vida através das palavras

Festeje a vida ao dizer “gosto”, “obrigada”, “adoro-te”, “amo-te”. Expanda a sua alegria ao permitir-se dizer “gosto de ti”, “hoje sou feliz porque hoje te conheci, porque te encontrei, porque ousei ou ousaste encontrar-me e amar-me, e porque estás, ou sempre estiveste, aqui”.

Solenize o fruir de um riso de criança, a alegria de uma brincadeira infantil, o entusiasmo apaixonado por algo, por alguém, por um novo projeto. Plante uma semente na sua memória. Avive o seu pensamento e aventure-se, em qualquer que seja a homenagem.

Comemore o escutar ou cuidar do outro e de si mesmo(a)

Comemore ao escutar ou cuidar do outro, porque significa que também se sabe escutar e cuidar de si e, mais importante, amar e amar-se [pois só o saberá fazer plenamente se tiver descoberto que foi verdadeiramente amado(a)]. Expanda-se e multiplique-se dando voz à sua missão vital, qualquer que ela seja, desde que o(a) faça transcender da prisão do inferno de si mesmo(a).

Saiba parar quando tudo diz para acelerar e grite em plenos pulmões até que o ar saia num rodopiar expressivo de “hu-la-la”. “Hurra”, “Yes”, tchim-tchim ou outros sons que a razão desconhece.

Festeje a vida relembrando todos aqueles temporariamente ou permanentemente ausentes. Aconchegue no seu coração os tesouros que a vida lhe foi depositando ao conhecer pessoas, o descobrir a vida nas suas nuances do fracasso e do sucesso, da penúria ou da riqueza, da saúde ou da doença, da aprendizagem e da maravilha de todas as artes, nas suas diversas manifestações.

Honre a vida através do pensamento

 

Honre a vida não renunciando a um direito inalienável que é o de pensar, pois não pensando contribui para outros holocaustos iguais ou piores que o dos judeus. Estará a contribuir para o que Hannah Arendt identificou como sendo a principal causa de todo o mal, em particular do horror da exterminação nos campos de concentração alemães, alimentada e perpetuada por pessoas perfeitamente normais, cumpridoras, cidadãos impecáveis que se limitavam (e excediam) em obedecer sem se atreverem, nem que numa tentativa de ensaio, a pensar.

Festeje a vida através da poesia

Festeje a vida brincando com a poesia de todos os dias e “pode fingir tão completamente que chega a fingir que é dor a dor que deveras sente”. E ao fazer isto, sem o saber estará a expandir a sua perceção, o seu pensamento, as suas sensações tornadas em emoções e consolidadas em sentimentos.

Celebre a vida sem medos!

Celebre a vida não se quedando na paralisia do medo que o(a) pode levar ao afastamento do outro, ao adoecer de uma relação ou à mortandade do seu desejo por estar, sentir e viver com todos os que são verdadeiramente importantes na sua vida.

E se não conseguir celebrar, homenagear, festejar, cuidado… A morte poderá ter chegado sem aviso prévio e pode tê-lo(a) abraçado de tal forma que o(a) sufoca nos seus braços, sem que se aperceba.

É sempre tempo de aprender a importância de comemorar.

Por isso, e porque para estar vivo(a) e vivamente, precisa de comemorar. E se não conseguir, finja. Finja até que consiga celebrar, comemorar, homenagear, festejar. E se não conseguir, não se preocupe. Porque enquanto tarda o tempo e o silêncio, mas existe vida, é sempre tempo de: aprender a conquistar a segurança que o(a) liberta do medo, transforma a tristeza e lhe pode permitir descobrir, súbita e inesperadamente, e cantar: “graças à vida que me deu tanto… graças à vida… graças à vida!”.

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